segunda-feira, 29 de junho de 2009

Nadadores voltam a MS com bons resultados em Campeonato Brasileiro

Wagner Jean

A delegação sul-mato-grossense, composta por 14 atletas, que participou do Campeonato Brasileiro Infantil de Inverno- Troféu Ruben Dinard de Araújo em Manaus-AM, retornou ontem para o Estado com resultados significativos.

O maior destaque de Mato Grosso do Sul foi o atleta Pedro Henrique Castro, que compete pelo Corumbaense. Ele voltou para o Estado com duas medalhas de bronze conquistadas nas provas de 50m Livre Infantil 1 (com a marca de 00'26"55) e 100m Livre Infantil 1 (com o tempo de 00'58"04). Pedro Henrique ainda conquistou um 4º lugar na prova de 100m Borboleta Infantil 1 (com o tempo de 01'04"72).

Outros atletas de MS obtiveram bons resultados na competição. A exemplo da nadadora Ana Clara da Cunha, do Rádio Clube, que ficou em 5º lugar nos 200m Borboleta Infantil 2 e 7º nos 200m Peito Infantil 2, e também de Bianca Maldonado, do Dom Bosco, que ficou em 5º lugar nos 200m Costas Infantil 2 e 6º nos 100m Costas Infantil 2.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Preconceito com seu próprio povo e sua cultura

Historicamente, a formação do povo brasileiro sofreu contribuição de várias partes do mundo. Em um período de decadencia econômica de alguns povos, período de guerra e pós-guerra de outros. Mas antes de tudo isso, o Brasil já recebia Negros escravos vindos da região subsaariana, correspondente a região localizada abaixo do deserto do Saara.

Devida a essa miscigenação populacional, a cultura brasileira tornou-se verdadeiramente um abrigo para as demais manifestações. Possivelmente por ser uma das primeiras etnias a chegar ao Brasil, “a verdade é que você/(Todo brasileiro tem!)/Tem sangue crioulo/Tem cabelo duro/Sarara crioulo”, a frase citada é da música “Olhos Coloridos”, composta por Macau e interpretada por Sandra de Sá, que no ano de 2007 participou de uma pesquisa genética encomendada pela BBC Brasil e que comprovou que a cantora possui 96,7% dos genes herdados de negros da região subsaariana. Tal mistura proporciona que o fenótipo (características visíveis) do brasileiro não corresponda diretamente às características genéticas. Na mesma pesquisa da BBC Brasil, descobriu-se que o cantor Neguinho da Beija-Flor possui 67% de genes herdados de europeus.

Independente do fator genético, a influencia de manifestações culturais africanas está presente diretamente no Brasil. “Ela está por toda a parte, na música, na dança, na religião, em cada pessoa”, afirma a adepta da religião da Umbanda, Amanda Sabino, que se lembra do Candomblé e da Umbanda como influências religiosas, da Capoeira como influencia esportiva e do Maculelê como dança.

Porém, junto com a forte presença, vem um fator agravante na sociedade que impede ainda mais a propagação de maneira cultural, que é o preconceito. Por vezes, as pessoas discorrem sobre o assunto de forma a denegrir a imagem dessas ações. “Há sim o campo em que existe um preconceito muito grande, que é o lado religioso”, indaga Amanda, que define o preconceito como uma opinião sem conhecimento.

Diferenças

Para ela, o preconceito existe pelo fato das pessoas não conhecerem, e formarem uma ideia errada sobre as religiões de origem ou influencia afro. “Muitas pessoas nem ao menos sabem diferenciar Umbanda de Candomblé, acabam julgando que é tudo ‘macumba’ e não presta, ou pior: É coisa do ‘demo!’”

Amanda explica que a Umbanda é uma religião nascida no Brasil, e como o povo brasileiro ela é uma religião misturada, tem influencias afro, mas também há elementos do catolicismo e do espiritismo (codificado por Allan Kardec). “Muita gente não sabe que a base da Umbanda está em Amor, bondade e caridade”.

Porém, o preconceito não acaba com a esperança de que essa situação mude. “Espero que aos poucos a parte de fé na cultura afro tome maior espaço. Mas, sabe, de repente as pessoas podem começar com uma rodinha de capoeira, já é um começo!” (risos)