quinta-feira, 30 de abril de 2009

Décima sexta edição do Sarau dos amigos acontece hoje

Divulgação

Texto: Elânio Rodrigues


Acontece na próxima quinta-feira, 30 de abril, a décima sexta edição do Sarau dos Amigos no bairro Universitário. Das 19h às 22h o encontro recebe atrações como os atores Pedro Cabral e Harley Castro com a comédia “Espetáculo de criação de espetáculo”. A atriz e diretora Beth Terras traz cenas da peça “E assim nasceu Campo Grande”, ela comemora 30 anos de carreira no teatro. Já os dançarinos Ivan Sousa e Daniele Barilli interagem com a dança Cowntry, ensinando alguns passos ao público em homenagem ao dia da dança.

Dois artistas plásticos expõem no espaço. Carlos Nunes mostra a instalação “Casulos”, que desperta a curiosidade do espectador sob a relação entre arquitetura, arte e insetos. O acadêmico de Artes Visuais Diogo Shogum revela suas influências dos desenhos japoneses e do grafitti em várias telas. O ceramista Mauro Yanase faz um tributo a Alfredo Volpi com diversos colares inspirados no pintor ítalo-brasileiro.

Na música os destaques são Tuba e banda, grupo de pagode Moleque Sensação, dupla sertaneja Rodrigo Viola e Luciano, punk rock dos Moleques Sarnentos, o Pop e a MPB de Lizandra Garcia e Banda, Elânio e Kely Zerial, além do momento “palinhas”, onde o palco fica aberto ao público.

Clayton Ambrósio traz diversas bolsas, carteiras e outros objetos da Nativo Alternativo, confeccionados com lona reciclada. A Danilu Artes comemora um ano de atividade no bairro Universitário, expondo artesanato em MDF.

Acontece também a projeção do vídeo “Senhorzinho”, do jornalista Eduardo Romero, que conta a história de um curandeiro da região de Bonito-MS na década de 40, que até hoje inspira histórias inusitadas. O jornalista André Messias conversa sobre o Aqüífero Guarani. O objetivo é despertar o interesse dos profissionais de comunicação e da população sobre a água, bem finito da humanidade, em escassez em diversas partes do planeta.

Serviço

O Sarau dos Amigos acontece toda última quinta-feira do mês, das 19h às 22h, na residência do ator e jornalista Eduardo Romero, na rua Elvira Matos de Oliveira, 927, Universitário (zona sul de Campo Grande). A entrada é um quilo de alimento não perecível, que são destinados aos Vicentinos da Paróquia Santa Rita de Cássia.

quarta-feira, 29 de abril de 2009







Divulgado lista de projetos aprovados no FIC-MS


Foi publicado no Diário Oficial de ontem (28) a relação dos projetos culturais aprovados no Fundo de Incentivo à Cultura (FIC). Neste ano, 39 propostas vão partilhar o R$1 milhão.

Os projetos aprovados variam da realização de festivais de teatro até a produção de CD’s e livros. A diversificação desse investimento mostra que Mato Grosso do Sul tem muito de cultura ainda para ser divulgado, principalmente no interior do Estado.

Clique na imagem para ver mais detalhada a lista dos projetos aprovados no FIC.

terça-feira, 28 de abril de 2009

"T.P.M- Todas Pela Medalha"

Foto Inayá Borba

Texto Wagner Jean



Quem disse que as peças de teatro devem ter sempre o mesmo começo, meio e fim? Em Mato Grosso do Sul, as meninas do Improvaveis Teatro Clube não seguem esta regra e mostram que com um espetáculo diferente a cada dia é possível atrair, cada vez mais, o público.

Logo na chegada do teatro, uma pessoa fica responsável por encaminhar os expectadores até uma mesa, onde fica uma ficha a ser preenchida por todos. Títulos para as histórias, local, gênero da cena, profissão. Essas são algumas das sugestões que constam na ficha.

Até o momento, as atrizes não tem nenhum contato com a urna, onde ficam guardados as sugestões dadas pela plateia. Apenas um homem em cena, e este atua como árbitro, que mediará o jogo.

Em cena estão duas equipes formadas com três atrizes-jogadoras cada. Quem dita a forma como será cada cena é o público, com as sugestões dadas no começo da peça. Durante o espetáculo, jogos tradicionais do teatro-esporte são disputados. Só perguntas, cena em um minuto, jogo do escritor, e outros ganham histórias e piadas embaladas pelo conjunto de criatividades de plateia-jogadoras. No final, uma das equipes ganhará um ponto, de acordo com as palmas do público.

Este é um pouco do espetáculo “T.P.M – Todas Pela Medalha”.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O que é ser palhaço?



TEXTO: ALINE LEQUE, MARI GARCIA, RAIMUNDA RODRIGUES, WAGNER JEAN E WILL SOARES


FOTO: WAGNER JEAN


Do picadeiro às injustiças sociais, significados e deturpações do artista circense



Palhaço: “Artista que, em espetáculos circenses Justificarou em outros, se veste de maneira grotesca e faz piadas para divertir o público” ou “pessoa que só diz tolices ou faz papel ridículo; pessoa sem importância”, tais significados foram extraídos do dicionário Aurélio. Definição contrastante para uma das atrações mais antigas do circo.



Com o passar dos tempos, a figura do palhaço vem se demonstrando bastante contraditória na sociedade. Do picadeiro às ruas, dos palcos de teatro às injustiças sociais. Por vezes, vemos esse personagem ganhar um destaque a mais na mídia, seja por meio dos espetáculos circenses e cênicos ou por manifestações, como, por exemplo, a dos policiais civis de São Paulo em setembro do ano passado que reivindicaram reajuste salarial.



A história desse personagem, conhecido nos Estados Unidos como Clown, se perde com o passar dos anos. Segundo informações do site O Malabarista, a figura do palhaço é conhecida há aproximadamente quatro mil anos e como destaca os integrantes do grupo Flor e Espinho “o palhaço sempre serviu como um contraponto político”, lembrando dos tempos em que o bobo da corte era o único que poderia fazer severas críticas ao rei sem ser decapitado.



Em Mato Grosso do Sul, diversos grupos se empenham em realizar espetáculos com a figura circense mais adorada pelas crianças, dentre eles está o grupo Circo do Mato, que já participou do Festival América do Sul, Festival Pantanal das Águas, Circuito Sul-mato-grossense de Teatro e da I Mostra de Palhaços de Campo Grande.


Conflito



Manifestos públicos, como o organizado pela Escola de Samba Mancha Verde no desfile das campeãs do carnaval de São Paulo deste ano e do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (Sindjorms) no dia 31 de março, em defesa da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, em que manifestantes utilizavam um nariz de palhaço simbolizando indignação e revolta, ajudam, ainda mais, para deturpar a imagem do artista circense. Esses movimentos geram profunda indignação nos artistas que trabalham com esse personagem.



A imagem do palhaço, que inicialmente era vista como o crítico político que de forma irreverente apontava todas as falhas do governo, em ações públicas passou a ser aquela pessoa que foi deixada de lado ou passada para trás. A utilização do nariz “mágico” vermelho deixou de ser irreverente e positivo para se tornar uma espécie de condição subumana.



Uma incoerência nessa história é que, apesar do palhaço ser visto e descrito como uma pessoa sem importância que faz papel de ridículo, sempre que há uma articulação que objetiva causar revolta e inquietude diante de uma situação, o personagem circense é o primeiro a ser lembrado para participar desse protesto. Será que as pessoas que se utilizam dessa imagem conhecem o real significado do “ser” palhaço?



Para o integrante do grupo Circo do Mato, Arce Corrêa, isso acontece pela falta de conhecimento. Se as pessoas fossem mais aos teatros e aos circos, aí sim conheceriam o que verdadeiramente é ser palhaço. “É um ser que tem o poder de transformar as dificuldades com sua inocência e maneira de fazer, torna aquilo grandioso no sentido do bem-estar. Mudando tudo que é ruim com brincadeiras e alegrias para quem assiste”.



Para os atores do grupo Flor e Espinho “ser palhaço é ser você mesmo, mas sem hipocrisia”, afirmação mais do que correta para definir o personagem, que por vezes é taxado de tolo e tratado como se estivesse representando uma condição degradante.

domingo, 26 de abril de 2009







"D. Pedro I- Espetáculo Maçônico" se apresenta em Campo Grande-MS


Depois de realizar uma turnê em cidades das regiões Sudeste e Sul, o ator e diretor cênico, John Vaz, vem a Mato Grosso do Sul para apresentar a peça “Dom Pedro I- Espetáculo Maçônico”. O evento acontecerá no dia 26 de setembro, no Teatro Aracy Balabanian, às 20 horas. No dia 25 de setembro o ator fará uma apresentação gratuita para estudantes da rede pública de ensino.

A peça se passa dentro de uma loja maçônica do Grande Oriente Lusitano de Lisboa em 1834. Lá, Pedro IV de Portugal (Pedro I para nós brasileiros) faz um relato detalhado de toda a trajetória de sua vida. Desde a chegada de sua família ao Brasil, em 1808, passando pela regência de seu pai, o retorno a Portugal de sua família, a regência de Pedro I, os bastidores do “Dia do Fico” e da “Independência do Brasil”, a abdicação ao trono brasileiro e português, a deposição de sua filha Maria como rainha de Portugal, e a guerra que travou com irmão Miguel pelo trono português.

Figuras como Gonçalves Ledo e José Bonifácio ganham destaque na peça. A montagem é uma verdadeira aula de história, inédita e de utilidade cultural e educativa. Para a pesquisa do texto, foi elaborado um levantamento das fontes históricas e das atas das Lojas Maçônicas Comércio e Artes do Rio de Janeiro (GOERJ) e dos relatos do Museu Maçônico do Grande Oriente Lusitano em Portugal.

Sobre John Vaz

O ator e diretor de artes cênicas, John Vaz, é um especialista em interpretar personalidades da história, durante os anos de 1999 e 2007 foi Coordenador do Teatro Museu da República - RJ.

Conhecido como “O Mil Caras do Teatro Brasileiro”, referência dada em matéria de capa do segundo caderno do jornal O Globo. Vaz tem em uma galeria de personagens o poeta e ator francês Antonin Artaud, o filósofo marxista Louis Althusser, o seringueiro Chico Mendes, o presidente bossa nova Juscelino Kubitschek (Vaz foi premiado com a Medalha JK 2002), o presidente deposto João Goulart, o revolucionário Che Guevara e agora o imperador D. Pedro I. Na televisão, participou da minissérie “Amazônia” de Gloria Pérez, onde interpretou o coronel boliviano Rosendo Rojas. Também interpretou JANGO na “Minissérie JK” em 2006, participou da novela “Belíssima” em 2008 e a novela "Beleza Pura", ambas no papel de policial. Todos os trabalhos foram para TV Globo. No cinema, interpretou Che Guevara, com direção de Gringo Cárdia.

Casa de Ensaio representa anos 60


Texto escrito por: Inayá
Borba

Foto: Anne Durey

“Eles acharam estranhas algumas músicas, principalmente bossa nova, Jovem Guarda... Nem os Beatles eles conheciam”, diz Laís Dória a respeito de seus atores no processo de pesquisa e preparação para o espetáculo “Jovens de Toda a Sorte”. O musical se passa na década de 60, época em que um jovem músico chamado Tom sai daqui do estado, na época Mato Grosso, para o Rio de Janeiro em busca de um mundo novo, em meio a revoluções de comportamento, renovações culturais, protestos em plena ditadura e muita música, levando ao público os hinos daquela época.

Chico Buarque e Nara Leão, Leila Diniz, que é constantemente lembrada como o símbolo feminista, The Beatles e tantos outros pintam fortemente o cenário intensamente cultural e em plena mudança representado por jovens que, com certeza, saíram com mais bagagem cultural e com novos horizontes. Dória não trabalha com protagonistas. O texto só é dividido entre os atores, formando um trabalho coletivo.

Dória fez um recorte na peça, que teve redução de 5 minutos, durando agora 45, com apenas 11 atores. “A idéia é a gente vender em escolas, em eventos, não só para a casa, mas para os atores também”, nos conta, quando fala sobre como é difícil manter uma peça em temporada aqui em Campo Grande. “Hoje em dia a bilheteria de teatro não segura mais”. Mas a peça já conquistou seu público, entre senhores e adolescentes curiosos, tendo uma recepção emocionante.

O espetáculo será apresentado no Cena Som na próxima quinta-feira (30), às 20h no Teatro Aracy Balabanian, com classificação livre, com ingressos de R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

sábado, 25 de abril de 2009

Abertura de Blog


A partir de hoje, este blog será um espaço a mais para que sejam divulgados manifestações artístico-culturais e também esportivas, que devem ter um destque social e que também devem servir como um mecanismo de transformação social.

Portanto, se você faz parte de um grupo, associação ou de forma individual tem algum projeto que tenha caráter social, entre em contato conosco que teremos o maior prazer de divulgar o seu trabalho por aqui.