
quarta-feira, 7 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
Pão e Circo: A reação do público frente à exposição do caso Nardoni
Parecia mais uma noite de janta com a família na Feira Central. Barulho de garfos, pratos e pessoas conversando soavam com monotonia. Uma garçonete cuidava a pequena televisão disposta estrategicamente à frente da cozinha. De repente, toca aquela música do Plantão da Globo, aquela que antecedeu grandes tragédias que sempre causa certa inquietação e curiosidade nos telespectadores. No meio do silêncio formado pela expectativa das pessoas, soa a voz formal de William Waakc. “Corre aqui!”, fala sussurrando e gesticulando energeticamente para o amigo a garçonete, que agora já estava colada na televisão.
“Aumenta aí, aumenta aí!”, as pessoas, que agora pararam totalmente com o que estavam fazendo, pediam insistentemente. Quando a voz do juiz Maurício Fossen lendo a decisão dos jurados surgiu em meio ao silêncio dos jornalistas, a moça que ia dar a garfada se posicionou para ouvir melhor. “O ventilador atrapalha!”.
“O juiz Maurício Fossen está começando neste momento no fórum de Santana em São Paulo a leitura da sentença de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni”. Três pessoas se levantaram para ouvir melhor o juiz. Nunca imaginei que a feira pudesse ficar tão silenciosa. Nas outras barracas, até os cozinheiros já fritavam e coziam displicentemente. Pernas inquietas, cabeças estáticas. O som da TV realmente não ajudava.
O silêncio se intensificou quando apareceu a foto de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá juntamente com as palavras “Leitura da sentença do caso Isabella” em destaque. Após uma breve fala do juiz que não interessava nem um pouco as pessoas ao redor que só resmungavam “anda logo...”, o juiz ter dito “(...) reconhecendo que os réus praticaram em concurso um crime de homicídio contra Isabella Oliveira de Melo, pessoa menor... Desculpe, Isabella Oliveira Nardoni...” pareceu ter passado desapercebido pela ansiedade do público.
“(...) passo a decidir que essa pena seja imposta a cada um dos acusados em relação deste crime do homicídio pelo qual foram considerados culpados pelo conselho de sentença”. Palmas, gritos e assobios. Confesso que essa reação do público me impressionou. Entre palavras como frieza, insensibilidade e desequilíbrio emocional, Fossen foi dissertando sobre o caso, citando os diversos fatos que contribuíram para a pena.
A essa altura, os transeuntes já estavam parando nas barracas próximas para ouvir o tempo de reclusão de ambos. “Assim sendo, (...) tal compromisso no inciso quinto no parágrafo segundo, artigo 121 do código penal, no montante de um terço, o que resulta em 16 anos de reclusão para cada um deles.” Mais gritos e aplausos. “Só?! Mas eu achei pouco pelo...”, o raciocínio condenador da garçonete foi interrompido por um “shi!” de alguém que provavelmente sabia que havia mais agravantes a serem adicionados. Fala, fala e fala, mais 21 anos na pena dos réus. “Isso, coisa boa, mas ainda é pouco!”. Mais um terço para Alexandre por ser genitor. “Ah, ele é pai né, isso piora.” Tão vidrados quanto uma final de Big Brother, último capítulo da novela das oito e uma final de copa do mundo, chega enfim o momento mais esperado. Quantos anos pegaram? Então, na terceira e última etapa, sendo adicionado mais um terço para ambas as partes, a pena resultou em 31 anos, um mês e dez dias para Alexandre Nardoni (gritos) e de 26 anos e oito meses para Anna Carolina Jatobá em regime fechado. “Ah, delícia! É hediondo! Vão ter que cumprir fechado!”. Aparecem imagens das pessoas à frente do fórum. Uma criança rindo e aplaudindo, incentivado pela mãe.
As pessoas na feira agora voltavam aos poucos a fazer o que estavam fazendo. O circo, como disse o advogado dos Nardoni, estava acabado. Aqui, me abstendo de qualquer lado, afirmo: esse foi mais um caso que a mídia conseguiu explorar e triturar em mil pedaços, até ficar um assunto esgotado, estourado como um filme exposto à luz, a ponto de um telespectador qualquer lá em Cabrobró– PE, chamar uma criança, até então anônima, pelo apelido de “bela”. “Todos nós condenamos. Por que criticar a mídia se ela fez o mesmo que nós?”, disse a estudante de direito Amanda Sabino, que viu a exposição midiática como positiva, uma vez que não deixou o caso “esfriar” e acabar sendo suavizado pelos advogados depois de muito tempo. “A mídia exagera e peca em muitos casos, mas esse caso já era escandaloso e chocante por si só”.
Pão e circo. Expor pessoas. Notícia x Show Business. O juiz deixou claro que os réus foram julgados rigorosamente e o regime será cumprido ao máximo previsto em lei frente às manifestações em massa a respeito do caso. Mobilizar a população infiltrando nas mentes “acompanhe, assista e opine junto conosco” distrai bem do que realmente importa. E o circo em Brasília? Talvez ainda falte o pão.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Nadadores voltam a MS com bons resultados em Campeonato Brasileiro
A delegação sul-mato-grossense, composta por 14 atletas, que participou do Campeonato Brasileiro Infantil de Inverno- Troféu Ruben Dinard de Araújo em Manaus-AM, retornou ontem para o Estado com resultados significativos.
O maior destaque de Mato Grosso do Sul foi o atleta Pedro Henrique Castro, que compete pelo Corumbaense. Ele voltou para o Estado com duas medalhas de bronze conquistadas nas provas de 50m Livre Infantil 1 (com a marca de 00'26"55) e 100m Livre Infantil 1 (com o tempo de 00'58"04). Pedro Henrique ainda conquistou um 4º lugar na prova de 100m Borboleta Infantil 1 (com o tempo de 01'04"72).
Outros atletas de MS obtiveram bons resultados na competição. A exemplo da nadadora Ana Clara da Cunha, do Rádio Clube, que ficou em 5º lugar nos 200m Borboleta Infantil 2 e 7º nos 200m Peito Infantil 2, e também de Bianca Maldonado, do Dom Bosco, que ficou em 5º lugar nos 200m Costas Infantil 2 e 6º nos 100m Costas Infantil 2.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Preconceito com seu próprio povo e sua cultura
Devida a essa miscigenação populacional, a cultura brasileira tornou-se verdadeiramente um abrigo para as demais manifestações. Possivelmente por ser uma das primeiras etnias a chegar ao Brasil, “a verdade é que você/(Todo brasileiro tem!)/Tem sangue crioulo/Tem cabelo duro/Sarara crioulo”, a frase citada é da música “Olhos Coloridos”, composta por Macau e interpretada por Sandra de Sá, que no ano de 2007 participou de uma pesquisa genética encomendada pela BBC Brasil e que comprovou que a cantora possui 96,7% dos genes herdados de negros da região subsaariana. Tal mistura proporciona que o fenótipo (características visíveis) do brasileiro não corresponda diretamente às características genéticas. Na mesma pesquisa da BBC Brasil, descobriu-se que o cantor Neguinho da Beija-Flor possui 67% de genes herdados de europeus.
Independente do fator genético, a influencia de manifestações culturais africanas está presente diretamente no Brasil. “Ela está por toda a parte, na música, na dança, na religião, em cada pessoa”, afirma a adepta da religião da Umbanda, Amanda Sabino, que se lembra do Candomblé e da Umbanda como influências religiosas, da Capoeira como influencia esportiva e do Maculelê como dança.
Porém, junto com a forte presença, vem um fator agravante na sociedade que impede ainda mais a propagação de maneira cultural, que é o preconceito. Por vezes, as pessoas discorrem sobre o assunto de forma a denegrir a imagem dessas ações. “Há sim o campo em que existe um preconceito muito grande, que é o lado religioso”, indaga Amanda, que define o preconceito como uma opinião sem conhecimento.
Diferenças
Para ela, o preconceito existe pelo fato das pessoas não conhecerem, e formarem uma ideia errada sobre as religiões de origem ou influencia afro. “Muitas pessoas nem ao menos sabem diferenciar Umbanda de Candomblé, acabam julgando que é tudo ‘macumba’ e não presta, ou pior: É coisa do ‘demo!’”
Amanda explica que a Umbanda é uma religião nascida no Brasil, e como o povo brasileiro ela é uma religião misturada, tem influencias afro, mas também há elementos do catolicismo e do espiritismo (codificado por Allan Kardec). “Muita gente não sabe que a base da Umbanda está em Amor, bondade e caridade”.
Porém, o preconceito não acaba com a esperança de que essa situação mude. “Espero que aos poucos a parte de fé na cultura afro tome maior espaço. Mas, sabe, de repente as pessoas podem começar com uma rodinha de capoeira, já é um começo!” (risos)
quinta-feira, 21 de maio de 2009
"D. Pedro I- Espetáculo Maçônico" se apresenta em MS
Depois de realizar uma turnê em cidades das regiões Sudeste e Sul, o ator e diretor cênico, John Vaz, vem a Mato Grosso do Sul para apresentar a peça “Dom Pedro I- Espetáculo Maçônico”. O evento acontecerá no dia 26 de setembro, no Teatro Aracy Balabanian, às 20 horas. No dia 25 de setembro o ator fará uma apresentação gratuita para estudantes da rede pública de ensino.
Na televisão, participou da minissérie “Amazônia”, de Gloria Pérez, onde interpretou o coronel boliviano Rosendo Rojas. Na “Minissérie JK”, em 2006, fez o papel do vice-presidente João Goulart, também conhecido como Jango, participou da novela “Belíssima” em 2008 e a novela "Beleza Pura", ambas no papel de policial. Todos os trabalhos foram para TV Globo. No cinema, interpretou Che Guevara, com direção de Gringo Cárdia.
Durante a temporada da peça sobre o seringueiro Chico Mendes, uma apresentação foi encomendada pelos Ministérios do Meio Ambiente e da Cultura para que fosse apresentada ao ministro Gilberto Gil e os deputados Federais.
Na temporada sobre Che Guevarra, John foi convidado para montar a peça com um elenco local na cidade de La Higuerra, na Bolívia, onde o guerrilheiro foi morto. Ainda com o elenco estrangeiro, o ator realizou turnês em Buenos Aires- Argentina e Montevideo- Uruguai. No ano que vem, a montagem segue para a Europa.
Mais informações:
Wagner Jean: 9989-4621